Eis que quando se pensa que a turbulência dentro do PT acabou, surge uma nova. Depois que o deputado federal Geraldo Magela desistiu de disputar com Agnelo Queiroz a vaga de pré-candidato ao GDF em 2010 pelo Partido dos Trabalhadores, do nada reaparece o ex-deputado Chico Floresta querendo o direito de disputar prévias para ser governador. O mais engraçado é que Floresta não reapareceu do nada para cobrar o direito. Incrivelmente, ele esteve, dias antes, reunido em Águas Claras com o governador Arruda. Há quem diga que a estratégia arrudista é atrapalhar o PT para ganhar espaço.
O deputado distrital, Júnior Brunelli, se filiou ao PSC, partido do ex-governador Joaquim Roriz. Após o governador Arruda (DEM) ordenar o sepultamento da CPI Digital na Câmara Legislativa, o vice-presidente da Casa, Cabo Patrício (PT), ingressou na tarde de ontem (30) com mandado de segurança no Conselho Especial do Tribunal de Justiça contra o presidente da Câmara Legislativa, deputado Leonardo Prudente (DEM). Patrício exige que Prudente indique os integrantes substitutos da CPI Digital, porque entende que ela precisa continuar funcionando. “Temos um substancioso relatório da Controladoria Geral da União que aponta uma série de indícios de irregularidades durante a execução do programa DF Digital, da Secretaria de Ciência e Tecnologia”, ressalta Patrício.
No dia 14 de setembro a CPI teve sua primeira reunião, com a participação de três membros: além de Patrício, participaram os deputados Brunelli e Batista das Cooperativas. Neste dia, sete requerimentos foram aprovados pela CPI. Dois dias depois, os líderes dos blocos partidários retiraram as indicações, esvaziando a CPI. “Foi uma manobra explícita do governador Arruda para barrar as investigações”, afirmou Patrício.
Com o mandado de segurança, a CPI deve voltar a funcionar nos próximos dias. “Se o TJ indeferir nosso pedido, vamos recorrer ao Supremo Tribunal Federal”, avisa Patrício.
Prezado Patrício, prepare a papelada, o STF lhe aguarda.
