quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Patrício presidente?

Dizem que o presidente interino da Câmara Legislativa, Cabo Patrício (PT), até deu uma de presidente, mas só nos primeiros dias. Perdeu força depois da chegada da deputada distrital Eliana Pedrosa (DEM) que, nos bastidores, já virou comentário: quem manda é ela! Eliana atua na Casa como a presidenta.

Paulo Roriz pede exoneração

Como adiantou o blog há uma semana, o secretário de Habitação do DF, Paulo Roriz, pediu exoneração hoje.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Poema: Monique

Poema dedicado a Monique Barbosa

Nunca havia sentido o amor de verdade. Ainda não tinha experimentado aquele típico ardor no peito. Então te vi, e me senti como se um simples detalhe fosse o mais importante ou como se o mais importante fosse um simples ato de se apaixonar.
Eu podia passar uma noite ouvindo a sua voz e não me entediar. Podia te olhar por dias, anos ou décadas sem me perder.
Eu podia conhecer o mundo inteiro, mas nem ele me tornaria completo. Podia não ter nada, você era tudo. Eu podia escrever bem, mais bonito, menos errado, mas ainda não expressaria o que arde em mim quando olho pra você.
Agora estou longe. Mil e duzentos quilômetros longe do seu cheiro. Mas, ainda posso senti-la como se estivesse aqui.
Posso ver seu sorriso como se estivéssemos face a face.
Me embriagar na tua voz como se estivesse dentro do meu ouvido.
Talvez Deus entendesse o que arde dentro de mim quando olho pra você. Talvez você também entendesse o que eu digo, quando te digo: eu te amo.

Rafael Oliveira

Poema: Vontades

Sinto vontade de tocá-la quando a vejo.
De beijá-la quando sorri.
Explorar mais esse sentimento que se restringe
No olhar. Um olhar farto de olhar.
Beijá-la não simplesmente por beijar, mas encontrar
A paz entre a química e a alma.
Dizer não apenas por dizer, mas buscar a perfeição entre a
Linguagem e a paixão.
Tocá-la não apenas por tocar, mas adoraria sentir a exaustão
Entre as mãos e o calor.
Mas olhar é o gesto simplório em que me limito.
Um breve olhar não diz tudo o que um beijo diria.
De longe sorrio diante do paradoxo que me cerca.
No fim, estou cercado de dúvidas que me constrangem
Por não ter capacidade de domá-las.
Como sempre, de longe te olho e digo adeus, mas, dessa vez, antes do adeus,
Queria apenas dizer estas frases.

Rafael Oliveira

Poema: O Sertanejo

Caminhei com lágrimas presas nos olhos. Um sentimento de escravidão doía no meu peito. Como a terra seca que racha após anos de calor e pouca água. Como um sertanejo recostado na cerca, com a enxada nas mãos, esperando a plantação que nunca nascera. Escravo de algo que não se sabe direito o que é. Só tinha vontade de gritar e expulsar de mim uma voz que não se cala. Só queria chorar. Mas, a minha terra está tão seca que não se encontra uma mísera gota de água. Quisera Deus chover no sertão. Onde as plantações nasceriam firmes e fortes. Quisera Deus chover numa terra seca, ansiosa de paz e água. Onde aquele sertanejo recostado na cerca, com a enxada nas mãos, pudesse sorrir ao ver as pequenas sementes brotarem lindas plantações. Mas, agora meu peito ainda dói como um sertanejo recostado na cerca esperando a plantação que nunca nascera.

Rafael Oliveira

terça-feira, 1 de dezembro de 2009